Na real, meu nome é Guilherme Ramos Gonçalves, e eu cresci em Osasco, cercado por uma família bastante musical (uma coisa meio baiana, meio caipira) e desde muito cedo, cantei, desenhei e fui incentivado às artes. Aliás, aprendi a tocar violão com os meus primos, tive minha primeira banda com um deles e, como ele já tocava guitarra, eu fui aprender baixo.
O Guilherme “Kafé”, só surgiu no ensino médio, numa brincadeira que depois eu conto. Acontece que, esse apelido me acompanhou em todos os lugares que passei, entre eles, na EMESP (Escola de Música do Estado de São Paulo) e na Universidade de São Paulo, onde estudei violão popular e pintura, respectivamente.
Desde muito pequeno eu sonhava em ser artista, fosse com a música ou as artes plásticas, embora não soubesse o que isso significava exatamente. A desejada profissionalização foi acontecendo de forma gradativa e quase “sem querer”, enquanto eu tateava diversas cenas musicais, empenhando os mais variados papéis nos projetos em qu’eu me envolvia (como instrumentista, cantor, compositor, arranjador, etc.).
Num acaso curioso – enquanto eu estudava violão no trem – um cara sentou ao meu lado e, depois de me elogiar, me convidou a tocar na Escola de Samba Águia de Ouro. Achei que ele tava tirando onda, mas “era verdade esse bilete”. Me afeiçoei e me dediquei à Escola, e acabei desfilando de 2012 a 2015, como violonista. Aprendi muito! E tocar ali me deu uma moralzinha e me abriu algumas portas na cena do samba e choro em São Paulo, me proporcionando tocar e cantar com grupos como Grupo João de Barro, Ministério do Samba, Grupo de Choro da EMESP, Siri Recheado, entre outros.
Além dessa incursão no samba, fui me envolvendo com outras cenas também, me apresentando e gravando com grupos de forró, como o Forró do Assaré, Forró Vem Vindo e Forró Xelengodengo, a Trupe pé de Histórias e a Trupe Trupé, de música infantil, os trios Enrosque e La Mugre, de tango argentino e integrei também o Grupo Saracura, que é especializado em cuidados de pacientes, familiares e colaboradores através de intervenções musicais especializadas em ambientes hospitalares.
Mas foi numa cena da canção alternativa e independente de São Paulo que acabei gravitando com mais intensidade.
Em 2016, fui convidado pela cantora e compositora Laya a participar do disco que ela estava gravando na YBMusic. Nessa época eu a acompanhava (como baixista) num show em homenagem ao álbum “Gal a Todo o Vapor” (1971), de Gal Costa e nós cantávamos juntes no Grupo Vocal da EMESP, sob orientação do Luiz Gayotto. Escrevi um arranjo vocal, gravei alguns backing vocals e gravei baixo em uma das faixas. À partir daí, fui orbitando e me aproximando do selo YBMusic e seus artistas, fazendo parte do casting ativo até os dias de hoje.
Desde então, tenho sido ativo participante dessa cena da canção autoral paulistana, me apresentando e gravando com artistas como Luedji Luna, Daniel Medina, Laya, Maria Ó, Rhaissa Bittar, Paulo Neto, Vitoru Kinjo, Danilo Penteado, François Muleka, Igor Caracas, Rodrigo Campos, Juliana Perdigão, Maurício Tagliari, Nanda Guedes, Mihay, Eva Figueiredo, Paulinho Brandão, entre outros.
Você pode conhecer toda a minha discografia aqui no site e nas plataformas de streaming. Lancei os EPs Desayuno (2015) e Kafé com Trem (2016), Oscuro (2021), o álbum Eu sou o tipo de pessoa que pode transformar tudo em sua casa (2019), pelos selos Índigo Azul / YBMusic. Em 2020, lancei o Single Vaso Quebrado, em parceria com o Maurício Tagliari (composta e gravada à distância, em plena pandemia) e compus a trilha sonora do espetáculo de video-dança Danças Afroatlânticas, em parceria com Kiko Woiski, que será lançada em 2021, junto ao meu segundo álbum (: